terça-feira, 29 de maio de 2012

Gato: Fim do medo do veterinário

Muitos gatos desenvolvem pavor de ir ao veterinário. Saiba como conseguir que eles se estressem menos nessas visitas

Exames comprometidos
Fica difícil dar bom tratamento a um gato com pavor de veterinário. Manuseá-lo e analisá-lo torna-se quase impossível. O pânico modifica os batimentos cardíacos, muda a freqüência da respiração e até altera o resultado de alguns exames de sangue.
Pavor perigoso
Nas campanhas gratuitas de vacinação, quando um gato é levado num saco por estar apavorado, costuma-se fazer a aplicação sem tirá-lo de lá, de tão difícil que é segurá-lo. É o jeito para evitar que escape ou morda e arranhe seriamente as pessoas, agitação que acabaria por deixar o felino ainda mais estressado.
Medo por associação
O sufoco pode começar antes da chegada à clínica, com o gato escondido, arisco e agressivo ainda quando está em casa. Isso acontece se ele associar com consulta veterinária os preparativos para a partida ou a caixa de transporte.
Motivos do pavor
Para grande parte dos gatos, perder o controle sobre o ambiente ou sobre uma situação é suficiente para entrar em pânico. O felino fica ainda mais assustado se for submetido a um procedimento que julgue perigoso, em ambiente não familiar. E o sofrimento dele aumenta com a dificuldade causada para ser segurado pelo médico-veterinário.
Situação ideal
As consultas veterinárias deveriam proporcionar momentos agradáveis e não de tortura para o gato. O ideal é que o proprietário e o veterinário tomem juntos os cuidados para evitar que a consulta cause trauma ou se torne uma experiência negativa para o felino.
Esse procedimento, mesmo que consuma um pouco mais de tempo, faz o gato oferecer menos resistência, o que é uma vantagem, pois permite ao médico-veterinário examiná-lo e tratá-lo melhor.
Alimentação aliada
A comida pode ajudar bastante a acostumar o gato a aceitar as situações diferentes e os procedimentos desagradáveis. Mas, para o alimento se tornar um aliado, será preciso que seja desejado pelo felino. Para intensificar o desejo, precisamos controlar a quantidade de ração que o gato ingere, zelando sempre para não deixá-lo abaixo do peso ideal.
Deixar o gato com comida disponível o dia todo prejudica o treino feito com uso de alimento. Atenção: um gato adulto não deve ser alimentado menos de duas vezes por dia.
Transporte sem medo
Acostume o gato a gostar de entrar na caixa de transporte. Alimente-o lá dentro freqüentemente. Quando ele começar a se enfiar nela espontaneamente, recompense-o com petisco. Aos poucos, comece a simular as etapas de ida para o veterinário. Antes de dar o petisco, simplesmente feche a porta da caixinha com o gato dentro. Na fase seguinte, dê o petisco só depois de erguer a caixa com o gato no seu interior, sacudindo-a levemente. Depois, leve-a para o carro, etc. Evolua etapa por etapa, sempre de maneira gradativa.
Aceitação de novos lugares
Para o gato se acostumar a associar um novo ambiente a uma situação agradável, comece a alimentá-lo em cômodos diferentes da casa. Depois, dê-lhe comida fora de casa, em locais diferentes. Se possível, inclua nessas variantes uma ou mais salas semelhantes às de clínicas veterinárias.
Manipulação por estranho
É possível habituar o gato a ser manejado por uma pessoa desconhecida. Para tanto, comece por segurá-lo firmemente por alguns segundos e recompense-o imediatamente ao soltá-lo. Aos poucos, aumente o tempo de restrição e aproveite para apalpar delicadamente cada pedacinho do corpo dele. Se o gato demonstrar um interesse contínuo pelo alimento oferecido, é sinal de que ele associa o procedimento a algo positivo e de que não está estressado demais.
Ao segurar o gato firmemente, tenha certeza de que não há como ele escapar. Se o gato perceber que existe possibilidade de fuga, ficará mais ansioso e esperneará cada vez mais. Para poder pegá-lo mais facilmente, caso ele saia das suas mãos, deixe-o com um peitoral durante os treinos iniciais. Nessa fase, convém também usar jaqueta jeans, para evitar arranhões nos braços e no peito.
Num estágio mais avançado, o ideal é contar com a ajuda de alguém que saiba segurar gatos corretamente, para verificar se o seu se deixa manusear por diferentes pessoas. Caso isso não ocorra, será preciso acostumá-lo a diferentes manejadores.
Revista Cães e Cia

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